Mussum é o grande padroeiro dos bartendis do Brasil

Lendo ao texto das Sete Personalidades a serem servidas, neste blog, chegamos à conclusão que, se existe alguém que os bartenders deveriam prestar homenagem é a Antônio Carlos Bernardes Gomes, ou apenas o lendário Mussum, o maior manguaceiro brasileiro.

Deveriam não só homenagear, mas reverenciar essa personalidade, que pelo simples fato de já não estar mais entre nós é motivo para aceitá-lo como Mussum, O Padroeiro dos Bartenders.

Mussum foi mais do que um beberrão feliz, ele foi ator, comediante, músico e humorista.

Poucos sabem, mas Antônio Carlos serviu durante oito anos a Força Aérea Brasileira e fundou o importante grupo de samba Os Originais do Samba, onde tinha a brilhante função de tocador de reco-requis!mussumO nome Mussum foi dado tempos depois por Grande Otelo, um dos maiores atores da história, em homenagem ao peixe teleósteo sul-americano que era escorregadio e liso. Sucesso garantido! Em seguida ele, que nunca havia estudado para ser ator, estava integrando o grupo dos Trapalhões.

Mas foi o jeito extremamente caricato do típico sambista malandro carioca que tornou Mussum famoso. Popularizou o seu modo particular de falar, com seus is e évis, como forévis, cacíldis e saquezis. Era comum vê-lo alterado pelo álcool nas suas participações, mostrando a degradante e cômica relação da comunidade brasileira com as bebidas alcoólicas. Basicamente, tomava cerveja e cachaça.

Então, pra provar que o Mussum lives e voltará em busca do seu Mé, separamos uma sessão especial para você. Aproveite!

Leite de Capivara, Leite de Perereca, Leite de Ganso Manso, Leite de Pantera?!

Quem sabe se o Mussum encontrasse alguma dessas bebidas ele teria abandonado a cachaça!

Mussum era o Rei das Frasis! Quem não lembra de “Em nome do Paisis, Filhis e Espiritis Santis” ou “Sua vidis tá muito paradis?! Toma um mé que o mundo vai girarzis!” e a clássica ” Trais mais uma ampola!” quando queria pedir outra garrafa de cerveja.

Frases típicas  como “Eu vou me pirulitar”, “Criolo é a tua véia!” e “Não sou faixa preta compadis, sou preto inteiris, inteiris!” mostra a relação forte dele com o samba e a comunidade negra.

Sabia tanto, mas tanto de Mé e de Suco de Cevadis que olha o que aconteceu com os Trapalhões:

O estilo malandro carioca que rendeu grandes histórias e piadas ao programa Os Trapalhões veio do cotidiano realista do Mussum. Ele era apaixonado pela Estação Primeira de Mangueira, escola de samba que frequentava e nos carnavais era diretor de harmonia. De tanto frequentar a escola, ficou conhecido também como Mumú da Mangueira.

Quem já viu o Mussum “armando uma pindureta” com o Tião Macalé, amigo inseparável de més?

Conheça a confusão que os “embaixadores e diplomatas” do samba armaram no bar do Didi.

Até a mãe do Mussum participou de um dos episódios, dando uma bela bronca dele em pleno bar.

Se tivésse ouvido sua mãe, faria 70 anos em 2012. Fica aqui a nossa homenagem ao mais trapalhão dos trapalhões, ao mais original dos originais, ao mais carioca dos cariocas. Amém, Mussum!

 

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