O Assédio acontece de hora e hora, em lugares que a gente nem imagina, como o #AssedioNoBar, que ocorre na nossa frente e ao nosso lado.

Segundos dados colhidos por órgãos do estado e ongs especializadas no assunto e citados no fim deste artigo, os índices de assédio e abuso contra a mulher são alarmantes e assustadores.

Preste atenção nos números abaixo:

  • 85% das mulheres brasileiras têm receio de sofrer violência sexual.
  • 86% das mulheres brasileiras já sofreram assédio em público
  • Entre as jovens, 90% já deixaram de fazer alguma coisa por medo.
  • Brasil está em quinto lugar no ranking mundial que mede as taxas de assassinatos de mulheres.
  • No ambiente de trabalho, a renda das mulheres equivale a apenas 76% do ganho dos homens.
  • A jornada feminina é quase sempre dobrada – os trabalhos domésticos rendem em média 4 a 5 horas a mais.
  • 52% das mulheres já sofreram assédio no trabalho.
  • 41% das jovens brasileiras dizem já ter sofrido algum tipo de agressão física.
  • 90% das jovens de 14 a 24 anos já deixaram de fazer alguma coisa (como sair à noite, usar determinada roupa ou responder a uma cantada) com medo da violência
  • 73% das jovens entre 14 e 24 anos consideram a cantada um tipo de violência

Isso é absolutamente inadmissível.
Não podemos mais cruzar os braços para algo vemos algo acontecendo em nossa frente e fingimos não ser conosco. É preciso falar sobre #AssedioNoBar cada vez mais.

O bar é seguro para as mulheres? Descubra aqui.

O que acontece é que muitas vezes, achamos que o Machismo está exclusivamente ligado à estupro, violência doméstica, restrição econômica, submissão e subserviência.

Porém, com a ajuda da ong Olga, fundada em 2013 com objetivo de criar conteúdo que reflita a complexidade das mulheres e empoderar as mulheres por meio da informação, nós percebemos que existem uma série de machismos invisíveis que acontecem muito mais do que imaginamos, e vamos compartilhá-los para te ajudar a combatê-los no seu dia-a-dia.

Manterrupting (homens que interrompem)

Comportamento muito comum e ainda tratado como normal, é quando o homem interrompe a fala da mulher, não permitindo que ela conclua seu raciocínio, diminuindo assim a participação dela no ambiente. Veja o vídeo abaixo para entender.

Bropriating (apropriação da ideia da mulher)

A junção de brother e appropriating se refere a quando um homem se apropria indevidamente da ideia de uma mulher e leva o crédito por elas em reuniões ou discussões.

Pelo fato de em muitos ambientes machistas a voz da mulher não ser tão ouvida quanto a dos homens, ao repetir a ideia da mulher, um homem pode receber o crédito por ela desmerecendo a verdadeira fonte da criação. Dá uma olhada na explicação da Carol Patrocínio aqui:

Mansplaining (homens que explicam demais)

A junção de man + explaining que significa basicamente quando um homem dedica boa parte do seu tempo para explicar a uma mulher mais do que deveria sobre um universo que não conhece de fato melhor que a própria mulher, e isso acontece muito em conversas sobre feminismo.

De acordo com a Olga no ótimo post “O Machismo mora nos detalhes“: “a verdadeira intenção do mansplaing é desmerecer o conhecimento da mulher. É tirar dela a confiança, autoridade e o respeito sobre o que ela está falando. É tratá-la como inferior e menos capaz intelectualmente.”

Gaslighting (homens que violentam psicologicamente)

Gaslighting é a violência emocional por meio de manipulação psicológica, que leva a mulher e todos ao seu redor acharem que ela enlouqueceu ou que é incapaz, afirma a ong Olga.

É uma forma de fazer a mulher duvidar do seu senso de realidade, de suas próprias memórias, percepção, raciocínio e sanidade, conclui a ong.
Exemplos comuns da prática de gaslighting são as frases “Nossa, você está exagerando.”, “Isso não aconteceu, você deve ter confundido”, “Você é sensível demais!”, “Pare de surtar”, “Volte pra realidade”, “Você está delirando”, “Cadê seu senso de humor”, “Todos estão notando o que está fazendo” e o clássico “Você está louca!”

 

O que fazer em caso de assédio
A vítima de assédio sexual pode denunciar o ofensor imediatamente procurando um(a) uma Delegacia da Defesa da Mulher, ou se direcionar rapidamente à uma agente da Policia Militar próximo ao local.

Serviço
Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher
Delegacia de Defesa da Mulher (são 499 distritos policiais especializados neste país)
Secretaria de Políticas para as Mulheres ([email protected] e [email protected]
Fontes utilizadas para Pesquisa de Dados
OMS (Organização Mundial de Saúde) / IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) / ENAD (Levantamento Nacional de Álcool e Drogas / IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada / Manual de conduta contra o Assédio (Claudia + Uber) /ONG ThinkOlga.Com.Br

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